A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma abordagem considerada diretiva quando comparada a outros tipos de abordagens.
A terapia cognitivo comportamental (TCC) foi desenvolvida na década de 60 por Aaron Beck, psiquiatra americano e professor da Universidade da Pensilvânia, a fim de tratar casos de depressão. Hoje este modelo de psicoterapia está ampliado para várias questões que afetam a saúde emocional.
É considerado um método de trabalho estruturado que possui um foco e objetivos claros a serem alcançados. Além disso, é considerado diretivo e rápido quando comparado a outros tipos de abordagens. Está voltado a tratar o problema que incomoda o paciente considerando o presente.
Para Aaron Beck, ao desenvolver a sua abordagem de tratamento, o ser humano poderia ser explicado em termos de uma tríade cognitiva negativa, sobre o que pensa de forma disfuncional a respeito: 1) mim mesmo, 2) sobre o mundo, 3) sobre o futuro.
A TCC, portanto, trabalha com foco na modificação de pensamentos e de comportamentos disfuncionais, que são nossas interpretações sobre as coisas, mas que não condizem exatamente com a realidade dos fatos. Ou seja, todos nós possuímos comportamentos e pensamentos que aparecem rapidamente sem a gente perceber muito às vezes, são os pensamentos “automáticos”. Eles surgem provocados por gatilhos das circunstâncias e geram em nós algumas reações.
Por exemplo, quando converso com alguém e esta pessoa fica olhando para os lados, esse gatilho de olhar para o lado pode fazer com que eu pense que a pessoa não está interessada no que falo, estou aborrecendo ela, sou chato. E nisso, vou me sentindo inadequado e posso até parar de falar. Temos então uma situação de vida, um gatilho que provoca pensamentos rápidos e automáticos e que vai gerar sentimentos e comportamentos, além de crenças sobre mim mesmo.
Se você não sabe se a TCC é a mais indicada para o seu caso, é interessante conversar com um psicólogo para te auxiliar.
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A Terapia Cognitivo Comportamental é indicada sempre que há pensamentos negativos automatizados.
Pois sabemos que esses pensamentos tem um grande potencial para desencadear uma série de sensações e experiências desagradáveis, além de consequências ruins nos relacionamentos profissionais e pessoais.
Algumas das demandas mais frequentes são:
Ansiedade, Depressão, Stress, Luto, Problemas familiares, Terapia de Casal, Divórcio, Autoestima, Ausência de controle, etc.
Temos vários padrões de pensar, de interpretar as situações negativamente. Chamamos de distorções cognitivas.
Abaixo alguns dos principais:
Forma de pensar que tende a atribuir a si mesmo a responsabilidade de tudo o que acontece, como: “ele não me deu oi, pois fiz alguma coisa de errado”, “fulano foi convidado antes de mim para a festa, pois me acham chato”, “saíram da sala quando cheguei, pois não querem minha companhia”
Acreditamos que sabemos exatamente o que o outro pensa, mesmo sem evidência alguma, como: “eles me acham burra”, “eles só são meus amigos porque tenho dinheiro”.
O hábito de prever o futuro, mesmo sem claras evidências, como: “já sei que ela não vai aceitar meu convite para sair”, “não vou passar no vestibular”, “não vou conseguir o emprego”
Quando ampliamos negativamente o que aconteceu ou irá acontecer, como: “vou morrer se ele me deixar”, “eu falei o que pensava e agora todos vão me odiar, é meu fim”.
Quando transformamos um acontecimento em uma regra geral, como uma verdade absoluta. Por exemplo: alguém que acaba de terminar um namoro acreditar que ninguém mais gosta dela, “nada acontece de bom comigo”, “nunca termino o que eu começo”, “homem não presta”, “ninguém é confiável”.
Padrão de pensamento inflexível no sentido de ver as coisas em extremos, oito ou oitenta, preto no branco. Por exemplo: “como ele não me ligou não tenho valor algum”, “confio em todo mundo, pois todos são bons”, “se não for para fazer bem feito eu nem começo”, “não consegui fazer tudo, sou péssima”.
Damos rótulos negativos a nós mesmos e a outros em função de situações isoladas. “Sou um inútil”, “ele é falso”, “sou frígida”, “ele é preguiçoso”.
Ato de rejeitar informações positivas por si ou sobre outros, como exemplo: “mas isso você diz para todas”, “não foi nada demais, todo mundo consegue fazer o que fiz”, a um elogio diz que “que nada, nem estou arrumada”, “não fez mais do que a sua obrigação”, “me convidaram só por pena de mim”, “disse isso só porque é educado”.
A pessoa faz comparações irreais entre ela e outros, sem avaliar todo o contexto, como: “ele é mais bem sucedido que eu”, “sempre gostaram mais dela que de mim”, “todo mundo consegue, menos eu”.
Quando transferimos aos outros as responsabilidades que são nossas. “Meus pais são a causa de todos os meus problemas”, “se deu errado para mim foi porque tem muita gente que deseja meu mal”, “você nunca me ajuda, por isso estou assim depressiva”.
Mesmo diante de uma situação boa, focamos somente na parte ruim. “Ele não é um bom marido, pois não me ajuda na limpeza da casa”, “sabia que ninguém iria gostar da apresentação, fulano foi embora cedo”.
O foco fica em sobre como as coisas deveriam ser e não como são. Por ex: “Eu tenho que me sair bem, senão serei um fracasso”, “se ele me ama ele tem que vir hoje me ver”, “eu não deveria ter falado o que eu pensava”, “tenho que ajudar as pessoas”.
Quando se presume que sentimentos são fatos ao invés de observar os fatos. Por ex: “estou sentindo que não vou conseguir, certamente vai dar errado”, “sinto que ela não gosta de mim”, “me sinto um incompetente, não faço nada certo”.
Rejeição de qualquer evidência que contradiz o que penso e sinto. “Mas você foi bem na palestra, as pessoas aplaudiram. Não, eu fui péssimo”.
Prever como certo que algo ruim acontecerá, sem evidências que embasam nossas suposições. “Ninguém vai me dar atenção na festa”, “o jogo será um desastre”, “ninguém vai vir no meu aniversário”, “tenho certeza que ele vai me trair”.
Portanto, muitas vezes o que nos afeta não são os acontecimentos de nossas vidas, mas sim como pensamos sobre eles. Então, os nossos pensamentos influenciam as nossas emoções e a forma que reagimos aos eventos que vivemos e interpretamos.
Sendo assim, como fazer com esse nosso jeito de pensar e agir? Com o auxílio de um psicólogo o paciente poderá perceber seus pensamentos automáticos e entendê-los da forma mais adequada. A partir disso, com a clareza da situação vivida agora terá liberdade para mudar sua forma de interpretar e então de sentir e agir.